***
Diário de Bordo - Edward Cullen
Miami, EUA.
Hoje, sábado, é o meu segundo dia aqui. Estou sentado de frente para o mar esperando a tarde dar seus últimos suspiros. Enquanto o café esfria no meu copo, aguardo com paciência minha consciência desvendar o motivo pelo qual ando tão distraído.
Ontem não consegui escrever e hoje está sendo igualmente difícil. Talvez esse momentâneo bloqueio seja apenas um subterfúgio, uma ridícula desculpa para não ter que escrever e, consequentemente, me arrepender do beijo que Bella e eu partilhamos.
Embora eu tenha preocupações maiores, ao relembrar o incidente, não consigo deixar de pensar: eu fiz certo? Fui muito rude? Ou fui delicado demais e pareci um estúpido? A segurei corretamente? Quão angustiante é ficar na dúvida! Alice me contou que Bella gostou do beijo, mas às vezes Alice fala coisas que são difíceis de acreditar.
Eu posso não ter respostas para todas as questões acima, mas de uma coisa tenho certeza: algo diferente aconteceu naquela sala. Não foi como o beijo que trocamos sem roupa, pois naquela noite fui guiado por meus instintos sexuais há tanto reprimidos. Era uma atração básica, macho e fêmea, como acontece com todas as espécies. Ou seja, eu teria reagido com a mesma intensidade, independente de meu momentâneo objeto de desejo ter sido Bella ou não.