domingo, 24 de junho de 2012

Capítulo Bônus


Olá! Tudo bem?
Como senti saudades de postar... Vocês nem imaginam! Mas, graças a Deus, pintou aquela vontade louca de escrever sobre o T-zed e a Bella, então Tammy me deu um empurrão fenomenal, o qual me fez demorar só uns 2 meses pra terminar kkkkkkk (obrigada por tudo, Tam-Tam). O importante é que consegui e, acreditem em mim, com minha nova rotina, foi praticamente um milagre. Pois é, vou parar de enrolar e dizer logo que o capítulo TEM CENSURA 16 ANOS. :D
Como sempre o cap está grande, mas aproveitem que não voltarei a escrever capítulos dessa fic. Obrigada por todo o apoio, vocês são sempre maravilhosos comigo. Agradeço também ao meu mais que querido beta e Xêro pra Luísa. Agora... GO, T-ZED!GO!
***

Um Selvagem Diferente
Capítulo Bônus

Após 1 ano só pegando no pesado no resort, precisei de um tempo longe da habitual loucura que é a minha vida ao lado dos meus amigos. Edward, que também estava cansado de Orlando e das viagens, tirou algumas semanas de férias e no mesmo dia em que voltou da Europa, embarcou em um avião comigo com destino a Malaita. O coitado ficou quase um mês no norte da Finlândia esperando que o mal tempo desse uma trégua para gravar os dois últimos episódios da temporada.

A viagem para a ilha — como da primeira vez — foi longa e exaustiva. Atracamos em Malaita por volta das 17:30h e assim que chegamos na casa do doutor, o selvagem carregou-me até o seu quarto, onde eu simplesmente apaguei. Dormi como se não tivesse dormido por meses. Só quando os raios de sol do novo dia atravessaram as persianas, foi que despertei lentamente, ouvindo ao longe o canto dos pássaros e o chacoalhar das copas das árvores.

Ainda sonolenta me espreguicei, esticando-me toda na enorme cama. Infelizmente, o meu namorado não estava lá. Isso me frustrou, pois já bastava ele ter passado quase toda viagem introspectivo.

Trajando apenas um blusão verde de Edward, deixei a cama e fui para o banheiro, onde escovei os dentes e lavei o rosto. Em seguida, saí de mansinho pela casa esperando esbarrar com o “sumido”. Ainda bem que não precisava me preocupar com o Dr.Carlisle, já que este se encontrava em Orlando para mais uma temporada de congressos.

Como não achei o selvagem em nenhum dos cômodos, fui para a varanda e lá finalmente o avistei. Ele estava na grama — há uns oito metros de mim — fazendo flexões. Não notando minha presença, continuou se exercitando com o sol queimando suas costas e braços por estar vestindo apenas um jeans detonado.

Desde que Edward se comprometera com o Instinto Radical, passou a cuidar mais do físico, a fim de acompanhar o ritmo puxado das aventuras do programa. Ele ganhou um pouquinho mais de massa muscular, e isso o deixou ainda mais gostoso. Devo salientar que além do corpo mais definido, o selvagem agora também tinha um cabelo digno de seu apelido. Estava longo — com as pontas chegando aos ombros — e bem mais claro, pela quantidade de tempo que passava no sol nas viagens. A única coisa que ele preferia não manter era a barba, deixando sempre visível o sorriso ingênuo que eu tanto adorava.

Contente por vê-lo em total sintonia com o ambiente, escorei-me em uma coluna de madeira, assistindo Edward subir e descer em suas flexões. Institivamente fiquei curiosa quanto às horas, mas então respirei fundo e deduzi que não passavam de 7:00h, pois ainda podia sentir o cheiro de orvalho.

Ao terminar o exercício, Edward deitou na grama de braços abertos e olhos fechados, recebendo agora o calor do sol em seu rosto. Mesmo há metros, podia sentir que algo o incomodava, contudo, preferi não pressioná-lo. Tinha esperança de que ele mesmo tomasse a iniciativa e partilhasse, seja lá o que fosse, comigo.

Convencida a dar o espaço que sutilmente o selvagem exigia, deixei a varanda e fui para a cozinha cuidar do café da manhã. Na geladeira e nos armários, encontrei o que precisava para preparar omeletes e torradas. O doutor deixara tudo abastecido para nossa breve estadia.

Enquanto batia os ovos em uma vasilha, comecei a recordar a última vez em que tentei cozinhar pro meu namorado. Foi há cerca de um mês — um dia antes de ele viajar — quando ofereci um jantar em comemoração ao seu aniversário. Meu objetivo era tornar a sua noite especial, mas ela acabou se tornando “especial” demais para o meu gosto.

...
Era uma quente tarde de sábado e, suando feito uma condenada, desdobrava-me na cozinha para preparar o jantarzinho surpresa. Edward até tentou me convencer a passar o dia com ele, mas o enrolei dizendo que ficaria em um spa, me embelezando para irmos ao cinema à noite. O coitado acabou ficando sozinho em sua casa. Mas o que o ingênuo não imaginava, era que em poucas horas comemoraria os seus 24 anos com Bruce Jones, meu pai, os rapazes, Alice, Sarah Ryan e o Dr.Carlisle, o qual estava vindo de Malaita só por causa dele. Há meses os dois não se viam e eu queria proporcionar a ocasião perfeita para o encontro.

Logo pela manhã, com a ajuda de dois funcionários, decorei uma parte reservada do jardim com lanternas de papel, lindos arranjos de flores e o nosso melhor aparelho de jantar. Eu bem que preferia usar o recém-reformado salão de festas, mas ele já estava alugado para a despedida de solteira de uma hóspede.

Depois de dias pensando no que servir como prato principal, resolvi preparar um pernil de cordeiro com molho de hortelã. Eu só precisava que a distraída Alice terminasse de ler a droga da receita.

Se você beber outra cerveja ao invés de me ajudar, pode se considerar desconvidada! — ralhei, vendo-a arrancar a tampinha da Heineken com os dentes.

Relaxa aí, coleguinha — despreocupada ela sentou na ponta da mesa e folheou o livro. — Coloque o pernil no centro da assadeira — esperou que assim eu fizesse. — Agora polvilhe com sal, pimenta e regue novamente com azeite. Depois, leve ao forno por aproximadamente quatro horas — fechou o livro. — É moleza!

Cuidadosamente segui a instrução e coloquei o pernil no forno que já estava aquecido.

Eu tou um caco — murmurei apoiando as mãos na mesa.

Está mesmo. Bella, sua minhoca de água suja, que unhas malacafentas são essas?! — Lice fez uma careta, enojada.

Eu sei. Mais tarde dou um jeito nisso.

O quê? Não senhora! Vamos agora ao salão dar uma geral em você.

E quem vai ficar de olho no pernil?

Enquanto eu ainda pensava em uma solução, minha amiga, com seu gogó perigosamente potente, berrou:

JASPER! — ela foi até a entrada da cozinha. — JASPER!

Tá gastando o meu nome por quê? — chateado, ele apareceu segurando uma prancheta.

Alice e eu vamos sair e voltamos em menos de 1 hora. Por favor, cuida do forno pra mim — pedi tirando o avental.

Você tá brincando, né? — ele resmungou jogando a prancheta na mesa. — Já estou ajudando a supervisionar os preparativos da despedida de solteira da hóspede. Coisa que vocês deveriam estar fazendo.

Deixa de frescura, é só garantir que o forno continue ligado — Lice puxou-me pelo braço.

Voltamos num piscar de olhos — prometi antes de deixar a cozinha.

Eu não tinha com o que me preocupar, o pernil demoraria quatro horas para ficar pronto. Quando retornasse, só teria que virá-lo para que assasse igualmente.

(...)

Alice e eu conseguimos fazer as unhas e hidratar os cabelos, porém demorou um pouco mais do que esperávamos, pois o salão próximo à mansão estava lotado por ser final de semana.

Preocupada em virar o assado, apressei o passo ao dobrar a esquina da minha rua. Lice que tagarelava sobre a sua última briga com Emmett, de repente, me deteve, alarmando:

Puta merda, aquele não é o carro do T-zed?